sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Pupunha


Palmito de Pupunha

Bactris gasipaes Kunth, conhecida pelos nomes comuns de pupunhapupunheira e pupunha-verde-amarela , é uma planta da família Arecaceae (antiga Palmae). Pode crescer até 20 m e é originária das florestas tropicais do continente americano. É muito conhecida e consumida pelas populações nativas da América Central até a Floresta Amazônica, sendo há séculos utilizada na sua alimentação.
Os frutos são frequentemente consumidos depois de cozidos em água e sal ou na forma de farinha ou óleo comestíveis. Contudo, também podem ser matéria-prima para a fabricação de compotas e geleias.

Detalhe do fruto da pupunha
Existe uma grande variedade de aves que se alimentam da pupunheira silvestre, principalmente as araras, ospapagaios e os periquitos (Psittacidae), os quais, ocasionalmente, podem ser espécies endêmicas com risco de extinção.
No Brasil, essa planta é uma solução viável para a indústria palmiteira porque apresenta características agronômicas adequadas para a substituição, com vantagens, de outras palmeiras nativas, como o açaí(Euterpe oleraceae) e a juçara (Euterpe edulis), que são exploradas de forma extrativista e predatória e, por isso, apresentam restrições legais e risco de extinção. O mercado interno brasileiro de palmito é cerca de cinco vezes maior do que o externo, que, no entanto, apresenta uma demanda crescente, devido ao crescento uso do produto na culinária internacional. O cultivo da pupunha é economicamente importante também para a Costa Rica.
O cultivo do palmito pupunha tem vantagens em relação ao do palmito tradicional. Como a bananeira, a palmeira pupunha rebrota, o que permite o corte continuado para a produção de palmito. Mais rústica, pode ser cultivada a pleno sol. O tempo de colheita também é mais curto: de 18 a 24 meses a partir do plantio. Além disso, ao contrário do palmito comum, o pupunha não escurece, o que permite outras formas de consumo além da tradicional, em salmoura acidificada. Isso faz com que tenha um apelo muito grande para o pequeno produtor, que pode comercializar o palmito sem recorrer ao processamento industrial.


Não é necessário ter uma área grande para cultivar a palmeira. A produção pode ser planejada de acordo com as possibilidades e necessidades do produtor. Porém, se a idéia for produzir para a indústria de processamento, recomenda-se que a área mínima seja de 100 hectares. Nesse caso, o investimento inicial varia de 2.500 reais (sem irrigação) a cinco mil reais (com irrigação) por hectare.

Para pequenas áreas, o preço é bem menor, principalmente se for utilizada a adubação orgânica. As sementes da palmeira sem espinhos custam em torno de cinco centavos cada. A muda formada pelo agricultor custa de 15 a 30 centavos. Se for comprada de viveiristas, o preço varia entre 60 centavos e 1,50 real. É recomendável que o produtor faça as mudas, para que ele tenha um controle maior do material. Quando se adquire mudas prontas, existe o risco de adquirir também os problemas do solo onde ela foi formada, como fungos e outras doenças.

Açaí na Tigela


Açaí na Tigela


açaí (juçara- no estado do Maranhão) (Euterpe oleracea) é uma palmeira que produz um fruto bacáceo [2] de cor roxa muito utilizado na confecção de refrescos.
O açaí é muito consumido como suco ou pirão e cujo gomo terminal constitui o palmito. Assim, pode ser consumido na forma de bebidas funcionais, doces, geleias e sorvetes. O fruto é colhido por trabalhadores que sobem nas palmeiras com auxílio de um trançado de folhas amarrado aos pés - apeconha.
Para ser consumido, o açaí deve ser primeiramente despolpado em máquina própria ou amassado manualmente (depois de ficar de molho na água), para que a polpa se solte e, misturada com água, se transforme em um suco grosso também conhecido como vinho do açaí.
Na Amazônia, o açaí é consumido tradicionalmente junto com farinha de mandioca ou tapioca geralmente gelado. Há quem prefira fazer um pirão com farinha e comer junto com peixe assado ou camarão, ou mesmo os que preferem o suco com açúcar.
Além do uso de seus frutos como alimento ou bebida, o açaizeiro tem outros usos comerciais. As folhas podem ser feitas em chapéus, esteiras, cestos, vassouras de palha e telhado para casas, e madeira do tronco, resistentes a pragas, para construção civil. Os troncos da árvore podem ser processados para produzir minerais. O palmito é amplamente explorado como uma iguaria. . O óleo de açaí também possui diversas propriedades químicas que causam efeitos benéficos no corpo humano.
Despolpamento mecânico em máquina utilizada no preparo do vinho. Usada em substituição às primitivas de rotação manual
As sementes limpas são muito utilizadas para o artesanato.
Nas demais regiões do Brasil, o açaí é preparado da polpa congelada batida com xarope de guaraná, gerando uma pasta parecida com um sorvete, ocasionalmente adicionando frutas e cereais. Conhecido como açaí na tigela, é um alimento muito apreciado por frequentadores de academias e desportistas, já que as propriedades estimulantes presentes no fruto são semelhantes às encontradas no café ou em bebidas energéticas. O açaí também ajuda na eliminação de resíduos do corpo, garantindo saúde para seus consumidores.
Receita de Açaí na Tigela
Ingredientes
  • 350g de polpa de açaí
  • 1 xícara (cafezinho) de xarope de guaraná
  • 2 bananas ou 1 polpa de fruta de sua preferência
  • Granola a gosto
Modo de preparo
  • Coloque as 2 bananas (ou a fruta de seu gosto) e os 60 ml do xarope de guarani no liquidificador.
  • Bata bem até desmanchar toda a banana.
  • Coloque aos poucos o açaí.
  • Bata bem até formar um sorvete.
  • Coloque numa tigela e sirva com granola a gosto.

Tacacá da Amazônia

Tacacá da Amazônia

Tacacá é uma iguaria da região amazônica brasileira, em particular do AmazonasAcreRoraimaAmapáPará e Rondônia . É preparado com um caldo fino e bem temperado geralmente feito com sal, cebola, alho, coentro do norte, coentro e cebolinha e, principalmente, um caldo amarelado, chamado tucupi. Coloca-se esse caldo por cima da goma de tapioca, também servida com camarão seco e jambu. Serve-se muito quente, temperado com pimenta, em cuias. O tucupi e a tapioca (da qual se prepara a goma), são resultados da massa ralada da mandioca que, depois de prensada para fazer farinha, resulta num líquido leitoso-amarelado. Após deixado em repouso, a tapioca fica depositada no fundo do recipiente e o tucupi na sua parte superior.
Sua origem é dos indígenas paraenses e, segundo Câmara Cascudo, deriva de um tipo de sopa indígena denominada mani poi. Câmara Cascudo diz que “Esse mani poí fez nascer os atuais tacacá, com caldo de peixe ou carne, alho, pimenta, sal, às vezes camarões secos".


Receita de Tacacá



Tacacá é uma comida regional muito diferente, preparada com o tucupí (caldo da mandioca), previamente fervido com alho e chicória), camarões secos graúdos, goma (mingau feito com uma massa fina e branca, resultado da lavagem da mandioca ralada) e jambú (planta considerada afrodisíaca).
O Tacacá é servido em cuias, acompanhado ou não com molho de pimenta-de-cheiro, e é encontrado geralmente nas esquinas de Belém, em barracas das famosas “tacacazeiras”. É um prato originário dos índios.
Ingredientes
  • 2 litros de tucupí
  • 4 dentes de alho
  • 1 colher (chá) de sal
  • 4 pimentas de cheiro
  • 2 maços de jambú
  • 1/2 kg de camarão salgado (seco)
  • 1/2 xícara de goma de mandioca
  • Pimenta-de-cheiro
Modo de preparo
  1. Coloque em uma panela o tucupí, tempere com alho, chicória, alfavaca e sal, leve ao fogo e deixe levantar fervura.
  2. A seguir abaixe o fogo, tampe a panela e deixe cozinhar por 30 minutos.
  3. Cozinhe o jambú em água quente, deixe cozinhar até os talos ficarem macios, retire e escorra, deixe reservado.
  4. Retire a cabeça do camarão e deixe de molho em uma vasilha com água para retirar o sal. Ferva 4 xícaras de água com sal a gosto, dissolva a goma em uma vasilha com água fria, acrescente aos poucos na água fervente, até ficar um mingau grosso, ou, ao ponto de sua preferência.
Dicas
Sirva em uma cuia na seguinte sequência: duas colheres de sopa de tucupí, uma concha de goma, uma concha de tucupí, algumas folhas de jambú e 5 camarões, sal e pimenta a gosto.
Na falta de goma de mandioca pode ser usada o polvilho azedo.
O rendimento é de 6 porções.